terça-feira, 14 de julho de 2009

Queda da Bastilha

A França comemora seu principal feriado hoje. O dia marcou a “Queda da Bastilha”, um dos episódios que deram início à Revolução Francesa. A Bastilha era uma prisão reservada aos nobres ou letrados, adversários políticos, aqueles que se opunham ao governo da época ou mesmo à religião oficial.
A invasão à grande prisão do Estado foi o ápice da série de pequenas revoltas populares que ocorriam em Paris e no interior da França, devido ao aumento do preço do pão. A miséria e falta de perspectiva que assolavam o povo francês fez toda a Europa repensar os valores políticos da monarquia na época.
A Bastilha acabou sendo invadida porque um jornalista, Camille Desmoulins, divulgou pelas ruas que as tropas reais estavam prestes a desencadear uma repressão sangrenta sobre o povo de Paris. Todos deviam se armar. Correu o boato de que a maior parte da pólvora do governo estava estocada na fortaleza da Bastilha, para onde marchou uma massa composta de soldados desmobilizados, guardas, marceneiros, sapateiros, diaristas, escultores, operários, negociantes de vinhos, chapeleiros, alfaiates e artesãos.
Durante a invasão, o marquês de Launay, o governador da Bastilha, ainda tentou negociar. Os guardas, no entanto, perderam o controle e dispararam contra a multidão. Indignado, o povo partiu para o assalto e dali para o massacre. O tiroteio durou aproximadamente quatro horas. O número de mortos foi incerto. Calcula-se que cerca de 100 populares tenham morrido.
Os presos, soltos, arrastaram-se para fora sob o aplauso comovido da multidão postada nos arredores da fortaleza devastada. Posteriormente, a massa incendiou e destruiu a Bastilha, localizada no bairro Santo Antônio, um dos mais populares de Paris.

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