Entre fraldas e lambidas

Muitas mulheres que possuem algum bichinho de estimação, ao engravidarem, pensam em se desfazer do animal. Por vezes o pensamento se concretiza, pela ideia de que um bebê e um animal não podem ter uma convivência carinhosa e pacífica no mesmo lar.
Há alguns dia, Luize Krambeck, mãe do pequeno Oliver, de dois meses, postou um vídeo em uma rede social e provou que essa relação do bebê com o animal pode ser muito prazerosa. Nas imagens, Puki, uma buldogue francês, lambia a cabecinha de Oliver, ele dava risadinhas e soltava alguns ruídos de alegria. “Quando o Oliver está acessível pra ela cheirar e lamber, a língua não para! E ele faz caras e bocas olhando ela. Estou apostando na primeira palavra que ele vai falar: Puki!”, revela. Ela conta que Puki estava com 3 anos e meio quando Luize engravidou.  “Puki foi a primeira a descobrir. Na cama ela dormia sempre nos meus pés e, de repente, começou a dormir na barriga, tipo ‘conchinha’. Ela não mudou nada no comportamento em relação à gravidez. Sempre conversei com a Puki e falava sobre um bebê que estava para chegar, que ele precisava do tempo dele no início e que ela deveria ser amorosa e entender”, relata.
A mamãe ainda conta que nas últimas semanas que antecediam o parto, Puki ficou mais carinhosa e procurava mais por Luize. Quando a perdia de vista, sempre voltava pra ver se estava tudo bem.
A relação entre Luize e Puki é só amor. A dona da cachorrinha conta que foi um pouco mimada, pois sempre queria um cachorro pra chamar de seu. “Então todos os presentes eram dela, o centro das atenções. Durante a gestação não mudou nada, apenas não brincava mais tanto no último mês pelo tamanho da barriga, mas ela era carinhosa e de vez em quando estava lá lambendo a barriga enquanto o Oliver se mexia. A Puki também é adepta de uma alimentação natural, sem ração, a base de carnes frescas, vegetais e frutas, então como sou vegetariana, ela se tornou companheira na hora da cozinha, mas a carne era só dela. A forma que preparamos o alimento também é uma expressão de amor. Também levei a bolinha da Puki na hora do parto natural, onde me segurei e me mantive segura”, revela.
Quando o Oli nasceu, Luize pediu à enfermeira que guardasse a fralda do primeiro xixi. Então, sua mãe D. Elzira, levou pra casa a fralda e seu vestido onde havia rompido a bolsa e colocou ao lado do berço, ela cheirou muito tempo e D. Elzira conversava com ela, que o bebê havia chegado. “Quando chegamos em casa, trouxe o Oliver no bebê conforto e a Puki logo estava curiosa, cheirou bastante. Mas acredito que no início ela não tinha entendido muito bem. Sempre na hora da amamentação a Puki dava uma de curiosa e queria saber o que estava no meu colo, agora com o Oli com dois meses, eles já interagem mais. Ela já se sente um pouco mais segura de chegar perto dele, ele olha bastante ela e rolam várias lambidas no pezinho, parte preferida da Puki. Oliver quase não chora e quando chora dura segundos, mas a Puki é a primeira a entrar no quarto pra ver o que está acontecendo”, conta.
Nessa caso, em nenhum momento a Puki deixou de ser prioridade, pois Luize acredita muito em família, então a cachorrinha faz parte dela. Por causa desse sentimento, Luize também nunca pensou em se desfazer do animal de estimação. “Pra mim todo mundo é prioridade, apenas existem momentos de maior atenção. Nunca ficaria sem minha Puki, ela é meu anjinho e eu aprendi muito com ela nestes anos. Quando me sentia um pouco triste era ela que ficava ao meu lado”, explica.
Por fim, Luize dá um conselho às mães que tem algum animalzinho em casa e que pretendem engravidar ou já estão grávidas. “É importante conversar bastante com o animal de estimação, mostrar a barriga, o quarto do bebê. E se o animal tem alguma mania meio chatinha, procurar ajuda para que todo mundo possa se adaptar a melhor forma possível. Que a chegada do bebê seja boa para a família toda. Além dos cachorros serem grandes estímulos para os bebês e ajudarem no desenvolvimento. Vale a pena cada ato de amor e de muita paciência, pois estamos aqui dividindo este mundo com vários seres e todos merecem respeito”.

Texto: Testo Notícias