Servidores fazem a maior greve da história do Poder Judiciário de Santa Catarina

Depois de reuniões com os órgãos patronais que terminaram sem consenso, servidores do Poder Judiciário pararam as atividades a partir do dia 9/4 em Santa Catarina. A mobilização total entre os funcionários da Justiça afeta os serviços básicos nos cartórios e fóruns de todas as comarcas do Estado. O pedido dos servidores envolve a estruturação e mudanças nos planos de cargos e salários, questões de reajustes, data-base dos pagamentos e direitos trabalhistas.

Uma determinação judicial expedida na segunda-feira 13/4 pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina exige que entre 50 e 70% dos servidores em greve continuem no trabalho. Segundo o sindicato, 90% dos servidores do Poder Judiciário aderiram à paralisação, cerca de 7 mil pessoas e a sentença estabelece a manutenção dos serviços mínimos no Estado.

Em Pomerode, em decisão inédita na cidade, cerca de 60% dos servidores estão parados desde terça-feira(14/04), segundo o técnico judiciário Fabiano Colusso Ribeiro. Os funcionários estão reunidos do lado de fora do fórum, na Praça Jorge Lacerda e colocaram cartazes pedindo um novo plano de cargos e carreiras. O plano é seguir em greve até a efetiva solução das reivindicações.

A discussão vem desde 2011, quando foi arquivado e está sendo rediscutido agora em estado de greve. O Sindicato da categoria queria que o projeto do Novo Plano de Cargos e Salários fosse encaminhado à Assembleia Legislativa em no máximo 30 dias, mas o TJ manteve a posição de enviar o texto à presidência da Casa até 29 de maio, para só então a proposta ir às comissões e depois ao plenário.