terça-feira, 20 de abril de 2010

Relato de uma voluntária!

Hoje estou em choque. Fomos até o Ribeirão Souto armados de faixas, cartazes e muito amor aos animais. O que encontramos foi uma horda. Pessoas alcoolizadas e ensandecidas. Nos dirigimos ao local em completa paz e organização. Alguns dos manifestantes estavam inclusive com faixas negras na boca. O objetivo era um manifesto pacífico de repúdio. Isso foi feito. Até que os organizadores, familiares e amigos partiram pra cima com pedras, paus e ovos podres. A sensação de que íamos morrer era latente. Me preocupei com meu filho, com as voluntárias, com os amigos que vieram de longe. Todos fomos agredidos física e moralmente. Nossa amiga Bárbara tomou um chute nas costas e fraturou o fêmur, está internada em Blumenau e sofrerá cirurgia. Seu estado é delicado. Nossa amiga Patrícia tomou uma paulada na cabeça e teve traumatismo craniano. Está internada e precisa de supervisão.
Estamos em um país livre, democrático. Nossa manifestação era pacífica. Não tinhamos a intenção de acabar com o evento de hoje. Nossa luta é para que os poderes constituídos se conscientizem de que a prática da puxada é crime.
Hoje, seria um manifesto pacífico.
Coisa que o pessoal do Ribeirão Souto não conhece.
Já tinhamos sido avisados que a família Just era poderosa no Ribeirão Souto. Mas não imaginávamos que ainda existia coronelismo em Pomerode. Eles agem como se fossem donos do bairro. Entendo que não queriram perder os lucros auferidos com o evento. Apenas poderiam inventar uma modalidade em que os cavalos não fossem sacrificados. É tudo que pedimos.
E peço ao meu prefeito (sou cidadã) Paulo Pizzolatti, que de uma vez por todas acabe com esse privilégio. São poucos votos. Não lhe farão falta perto do muito que Pomerode perderá com a repercussão negativa do ocorrido.
Vamos mostrar que a época do coronelismo acabou. Que o povo tem voz. Que pessoas que lutam pelo bem estar animal são respeitadas em Pomerode.
Que pessoas que maltratam cavalos não serão admitidas.
Pra terminar, quem bateu em mim, Heike Weege, foi o Ivo Just. Com seus filhos, parentes e simpatizantes do mal.

Um comentário:

Loan disse...

Nessas horas dá até vontade de fazer uma besteira... mas aí, estaremos sendo que nem eles. Se bem que, para ser que nem eles, é preciso se esforçar um pouco.

E a justiça, e a polícia, o que fazem? Nada...